Os hábitos de vida da população interferem diretamente nos problemas de saúde. Algumas patologias apresentaram aumento de incidência nos últimos anos. As mulheres tiveram um acréscimo na ocorrência das patologias hormonais, muitas delas relacionadas com as alterações alimentares, tabagismo, sedentarismo e estresse.

Mulheres fumantes apresentam maior incidência de irregularidade menstrual ,  amenorréia (ausência de menstruação), entram mais cedo na menopausa (diminuição do estoque de óvulos) e tem o risco de abortos aumentado.

A fertilidade é reduzida em 25% nas mulheres que fumam até 20 cigarros ao dia, e em 43% naquelas que fumam mais de 20 cigarros, ou seja, o declínio da fertilidade tem relação direta com a dose de nicotina. Além disso, cerca de que 13% da infertilidade feminina pode ser atribuída ao cigarro.

A fumaça do cigarro contém centenas de substâncias tóxicas que afetam a função reprodutiva em vários níveis, incluindo a motilidade tubária, divisão das células do embrião e sua implantação.

Toda mulher que está planejando uma gravidez precisa saber sobre os riscos do tabagismo para ela e para o bebê. As dificuldades para engravidar e as taxas de aborto podem ser reduzidas parando de fumar.

A alimentação tem um papel importante na fertilidade da mulher, pois as funções vitais dependem de elementos químicos específicos circulando no organismo. A ausência de determinadas substâncias levam a um baixo funcionamento dos órgãos. Outras substâncias em excesso como a cafeína e alimentos ricos em gorduras saturadas também prejudicam o bom funcionamento do organismo.

Pesquisas inovadoras indicam que vários componentes da dieta podem ajudar as mulheres a evitar uma das causas mais comuns da infertilidade, problemas de ovulação. Essas pesquisas colaboram para a realização de um plano alimentar para fertilidade, auxiliando homens e mulheres a potencializar as chances de engravidar.

Sabe- se que mulheres obesas ou muito magras podem ter problemas de ovulação. Se uma mulher tem gordura corporal em excesso, seu corpo produz uma maior quantidade de estrógeno. Com isso, reage como se estivesse controlando sua fertilidade, limitando as chances de gravidez. Muitas mulheres enfrentam dificuldades para engravidar relacionadas pela obesidade. Mulheres magras demais também podem apresentar dificuldades para engravidar. Quando emagrecem, diminuem a quantidade de gordura em seu organismo. Um índice de gordura corporal menor do que 17 inibirá a produção de estrógeno e de outros hormônios, impedindo a ovulação. O peso muito baixo está associado a outros problemas hormonais como o hipertireoidismo.

Com o ajuste do peso e a promoção dos hábitos alimentares saudáveis, o tratamento para engravidar terá melhores resultados, pois a luta contra a infertilidade pode ser também contra o sobrepeso e a obesidade.

A atividade física melhora a fertilidade, aumentando as possibilidades de gravidez, tanto pelo controle do peso como pela melhora da ovulação. A prática regular de exercícios físicos também diminui o estresse, colaborando diretamente com a qualidade de vida, e consequentemente com as chances de engravidar. Atividades físicas extenuantes e rotineiras, como a corrida e o ciclismo podem prejudicar e não ajudar a mulher a engravidar.

Mulheres com peso dentro da normalidade devem realizar atividades físicas com moderação, enquanto que mulheres com sobrepeso podem realizar exercícios em qualquer intensidade. A fertilidade é uma tradução do perfeito equilíbrio entre a boa forma física e a prática adequada de exercícios.