O sangramento uterino anormal acomete cerca de 20% das mulheres em idade reprodutiva, aumentando quando se aproxima do climatério. Está comumente associado a alterações disfuncionais, hormonais, ocorrendo em ciclos anovulatórios ou com ovulação inadequada.

As pacientes com sangramento uterino anormal apresentam fluxo de leve a excessivo, sem ser cíclico e de periodicidade irregular. É comum essas mulheres desenvolverem anemia ferropriva.

A dificuldade no tratamento dessas pacientes está diretamente relacionada á imprecisão dos métodos diagnósticos. A histeroscopia diagnóstica é o melhor método de diagnóstico para o sangramento uterino anormal, pois é o método de escolha para descobrir patologias como os miomas submucosos, pólipos endometriais, hiperplasia endometrial e alterações malignas. O diagnóstico é de exclusão, se não houver nenhuma das patologias descritas, considera-se que o sangramento uterino irregular é por alteração da sequência hormonal normal do ciclo menstrual regular.

É muito importante que se faça o diagnóstico preciso da causa do sangramento irregular, para o sucesso do tratamento e prevenir complicações futuras, quer sejam clínicas ou de neoplasias malignas endometriais.

Quase todas as afecções da cavidade uterina tem indicação de realizar a histeroscopia diagnóstica. Essa técnica permite diagnosticar e tratar do problema no mesmo momento, facilitando a recuperação clínica da paciente.